A próstata é uma pequena glândula, do tamanho de uma noz, localizada logo abaixo da bexiga. Ela é responsável por produzir parte do líquido seminal e, no seu interior, passa a uretra que conduz a urina e o sêmen até o exterior do corpo. O desenvolvimento da próstata está diretamente relacionado aos níveis dos hormônios masculinos.
O câncer desta glândula é um dos mais importantes problemas de saúde no homem. É a segunda causa de mortes por câncer em homens no Brasil, ficando atrás somente do câncer de pulmão. No entanto, na maioria das vezes, o crescimento tumoral é lento e chega a um percentual de 80% de homens acima de 80 anos com a doença. Só que a maioria nem chega a diagnosticar a doença e morre por outras causas.
Nos seus estágios iniciais, a doença não costuma apresentar sintomas e, quando presentes, se confundem muito com os sintomas da hiperplasia prostática benigna (outra condição bastante comum). São eles: urinar pouco de cada vez, urinar muito à noite (levantando-se diversas vezes para urinar), dificuldade para urinar, dor ao urinar, presença de sangue na urina ou no sêmen e ejaculação dolorosa.
Dada a prevalência na população é fundamental que homens acima dos 50 anos vençam o preconceito arraigado na população e façam consultas urológicas anuais com o toque retal (pois através dele se palpa a glândula e pode-se perceber alterações na glândula sugestivas de câncer) e realizem exames de sangue que dosam o PSA (antígeno prostático específico). Além disso, o seu médico pode lançar mão de outros exames como ultrassonografia, ressonância magnética, tomografia computadorizada, cintilografia e biópsias para o diagnóstico da condição (se maligna ou benigna) e o tratamento mais adequado.
O tratamento varia muito de caso para caso, dependendo do tipo de tumor, da agressividade do mesmo, se doença localizada ou disseminada, entre outras características. Há diversas modalidades de tratamento: cirurgia, quimioterapia, radioterapia e bloqueadores hormonais. Inclusive há o tratamento expectante (“esperar para ver e acompanhar”) dado que a maioria tem crescimento lento e não causará maiores problemas.
A cirurgia de retirada total da próstata (prostatectomia radical) pode evoluir com algumas complicações. A saber: incontinência urinária, impotência sexual e esterilidade.
O mais importante é o diagnóstico precoce pois são enormes as chances de cura. Não deixe de procurar o seu médico. Não permita que o preconceito te mate.
